sábado, 29 de janeiro de 2011

diálogos poéticos...

CAÇADA

a fêmea devora
a presa
com o olhar
voraz

a fêmea ferve
o sangue
da presa
para atacar

a fêmea penetra
o cerne do ser
que se rende
arde
queima
morre
e se refaz


(Idalina de Carvalho, em MEANDROS. pg. 20)



fêmea em seus andros me encontrei...
caminhei sem temor a vista
me entreguei a fêmea
com desejo de ser e estar,
renascí em climax,
um diálogo intenso,
toquei o cerne do ser,
por exato,
terno, profundo.
é úmido e gostoso
eu vibrava com teu diapasão...

Heberle  Babetto

Eros idade° toda letra é-rara

Auto imagem
seu reflexo é infinito
e ecoa pela salas
da minha memória,
em imagens paralisantes
que tocam a irís
e vibram em minha cabeça.

Amor proprio:
as palavras escondem os sentidos das coisas...
a poesia a desnuda,
desvela de diversas formas 
seus multiplos sentidos...

A palavra, oculta a essência natural
das coisas, como o Véu de Ísis.

Como reter  a eternidade em um instante 
e  ver o universo em um grão de áreia,
como descrever a consciência como exercício do ato de ser...
localizar a fonte da vida em um ponto qualquer,
abrir o peito a natureza morta,
trazer a vida ao coração
em anima mundo.
 
Diante do Caos
emudecí em mim mesmo
em sonoro silêncio,
caminhando pelo deserto de minha alma,
sentí que era bom estar só
 
ouví "meos sons" 
ví sonhos inodoros,
meus mais íntimos (     )  pesadelos
desaguavam

Saborear a vida é um ato solitário,
compartilhar a vida um ato de coragem,
E celebrar seu delírico,
pode ser um ponto de convergência
que nos conecta,
ao Diverso do Universo.

Paradoxo ou contradição,
sei lá...
diante do mundo,
sou ninguém.
Mas reafirmo a vida
como um fenómeno
indivisável.
Heberle Babetto
"eterno retorno ou um novo recomeço?"




"O espaço não está mais preso a limites determinados pelo formato"
}Aldo B.{


sábado, 15 de janeiro de 2011

obrigado Maria

para aninhar a alma 
e anelar a vida
desnudar o segredo.
existo logo somos,
nosso caminho traçamos,
com riscos pela areia
ao sabor do vento
como crianças nuas tocamos
bolhas de sabão perenes 
mas nos deliciamos
sem nos dar conta
da morte 
nem da eternidade..
Heberle Babetto

obrigado  Marcia Regina Medina